A administração das civilizações antigas
Ao verificarmos toda a origem da administração moderna e suas práticas, vimos que advêm de civilizações muito antigas. Exemplo disso, Salomão governante bíblico, usou de métodos para dirigir e elaborar acordos comerciais, e também administrou programas de constituição e alguns tratados de paz no Séc.X a.C. Alem de Salomão muitos outros governantes se utilizaram de servidores para que desse suporte ao seu governo, fazendo com que se tornasse uma extensão do governo ao delegar autoridade a esses servidores.A Suméria
Foi da civilização suméria que foram encontrados as provas documentais mais antigas do mundo sobre o uso do controle administrativo há 5.000 anos atrás.
Esses documentos relatavam que os sacerdotes dos templos sumérios, por meio do imenso sistema tributário, coletavam e administravam grande somas de bens e valores, incluindo rebanhos, rendas e propriedades rurais. E esse sacerdotes eram convocados a prestarem conta de suas coletas, o que era chamada fiscalização administrativa. Os documentos sumérios são descrições de seus inventários, sendo assim o primeiro uso da escrita feita para fins de controle administrativo e não para fins litúrgicos.
O Egito
Ao analisar as pirâmides de Quéops notamos a bela construção e a curiosidade de como ela foi feita. Durante vinte anos foram envolvidos no trabalho mais de cem mil homens, tendo utilizado mais de 2.300.000 blocos cada um com peso médio de 2,5 toneladas.
Considerando o planejamento, a organização e o controle necessários a esse empreendimento, fica visível que os conceitos de administração utilizados modernamente não foram originados do século XX, mas, naquele tempo já havia necessidade de serem resolvidos problemas de transporte, alojamento e administração.
Os administradores egípcios reconheciam o valor do planejamento e o uso de conselheiros. Os egípcios tinha o conhecimento de praticas e princípios da administração, como por exemplo, da autoridade e responsabilidade, detalhamento das descrições de serviços ou tarefas.
A Babilônia
O império babilônico que se desenvolveu no vale dos rios Tigre e Eufrates, também forneceu muitos exemplos de praticas administrativas antigas.
No reinado de Hamurabi, foi observado que os povos foram obrigados através de leis chamadas de “código de Hamurabi”, a manterem a paz e cumprirem com a legislação onde tratava de assuntos como propriedade pessoal, rural, o comercio, os negócios, a família e o trabalho. Isso representou para a administração um pensamento administrativo que persistiu até em 2.000 a 1.700 a.C.
Na babilônia já se remunerava o uso do trabalho dos servidores pagando lhe salários mínimos, notava se também a questão do controle e responsabilidades, ambos essenciais para administração.
Outro código foi utilizado na babilônia, este veio antes de Hamurabi. Este se tratava dos controles de preços e penalidades criminais.
A China
Na China a constituição de Chow escrita por volta de 1100 a.C., relata que foram catalogados todos os servidores civis do imperador, desde o menor servidor até o primeiro-ministro, descrevendo os seus cargos e funções. Esse sistema faz com que notamos a ordem administrativa e hierárquica.
Na China, a especialização foi enfatizada pelos antigos chineses ao se determinar que cada ofício era hereditário e que um artesão estava vinculado a sua indústria por toda vida.
A seleção cientifica dos trabalhadores por meio de exames foi iniciada pelo governos chinês, por volta de 120 a.C. A necessidade de se ter pessoas preparadas para determinados cargos, fez com que houve uma seleção para que os melhores sejam escolhidos.A Grécia
Os gregos se destacaram com muito talento e capacidade para a administração, no funcionamento das campanhas de comércio.A Grécia desenvolveu um governo democrático com todas as complexidades que um governo deste tipo acarreta. É na civilização grega que se vai encontrar a origem do método científico.
Os Gregos reconheceram muito cedo o principio de que a produção máxima se obtém por meio do uso de métodos uniformes, com ritmo estipulado e algo mais.
Roma
O império romano mostrou para todos como edifica uma estrutura governamental e militar de tão grandes proporções, e de fazê-la funcionar com tanto êxito durante muitos anos, mostrando assim consideráveis capacidades administrativas e aptidões.
A ciência da administração muito aprendeu com os erros e acertos do império romano na área da organização, sendo esta a verdadeira experiência em um império gigantesco. O império romano se constituía de mais de cinqüenta milhões de pessoas, (segundo cálculos) e abrangia um território que se estendia da Grã-Bretanha até a Síria ( norte da Europa até o norte da África).
Diocleciano, o imperador da época em 284 a.C. analisando que seria impossível continuar obtendo controle do imenso império, empregou um novo sistema de organização em que enfatiza a sucessiva delegação de autoridade, pois já não era possível controlar os confins do império sem delegar parte da sua autoridade. Diocleciano então, dividiu o império em 101 províncias, que foram agrupadas para se tornarem treze dioceses, que reunidas formaram quatro grandes divisões geográficas. Ele delegou cada uma somente a autoridade relacionada a administração civil, assim não permitindo o controle das forças militares. O objetivo de Diocleciano era fortalecer e consolidar a autoridade imperial, e dessa forma ampliar o princípio escalar, com o que desapareceriam os antigos governadores provinciais, criando sucessivas gradações de autoridade delegada, cujo efeito foi solidificar a organização como um todo. Sendo assim, sob o sistema de centralização de Diocleciano, se tornou mais difícil aos governantes provinciais e a outros, desafiar ou derrubar o poder central.
Os Hebreus
Nenhum outro povo na historia, com números tão pequenos de pessoas e fracos na política, exerceu grande influencia sobre a civilização.
Moises, um grande líder hebreu, exerceu um grande comando de seu povo libertando da escravidão egípcia. Ele aplicou um grande plano organizacional, onde preparou, organizou e conduziu o êxodo dos hebreus. Ele soube selecionar, adestrar e organizar o pessoal para o referido êxodo. Princípios da delegação e da exceção.
As primeiras contribuições militares
As primeiras contribuições militares
Sobre a questão militar que chegaram vários exemplos do antigo pensamento administrativo.
Ciro, um líder militar e governante grego de a.C., mostrou vários exemplos sobre a administração. Ciro reconheceu as varias necessidades que se tem um líder para obter êxito na guerra. Ele procurou não só aplicar planos que aprendeu, mas sim como criar estratégias, planejar as batalhas posteriores, reconhecer a ordem, colocação e a uniformidade de ações. Ciro foi um dos primeiros a praticar o registro do estudo de movimentos, de layout e manipulação de materiais. Ele também conhecia os princípios da divisão do trabalho, das boas relações humanas com todo o pessoal, unidade de direção, comando, ordem e via essencialmente a necessidade do trabalho em equipe, coordenação e unidade de propósito em sua organização.
Outras contribuições militares foram mostrar como a disciplina, delegação de autoridade (ou poder) e o reconhecimento das diferenças entre pessoal de linha (pessoal de operação) e de staff (pessoal de assessoria administrativa e técnica) tem sobre a administração. A Igreja Católica
A igreja católica romana é a organização formal mais velha do mundo, herança recebida do império romano. Os lideres católicos reconheceram a necessidade de definir com rigor os objetivos, a doutrina e a conduta das atividades cristãs, e condições para se tornar membro da organização. O resultado foi uma grande organização religiosa e uma fonte centralizada de autoridade no Papa.
Essa organização centralizada sofreu com rompimento das igrejas ocidental e ortodoxo e mais tarde a reforma protestante. Podemos notar que essas lições sofridas pela igreja católica são direcionadas para os gerentes modernos que tentam estabelecer uma política e doutrina centralizada, mas querem preservar as atividades e a administração descentralizada.
A administração medieval
O arsenal de Veneza
A cidade de Veneza no século XV possuía uma grande frota mercante privada. Observando isso e para sua própria defesa, resolveram abrir seu próprio estaleiro, denominado de Arsenal em 1436. Com o passar dos tempos o Arsenal de Veneza chegou a ser a maior instalação industrial do mundo, empregando quase dois mil trabalhadores em um imenso território de água e terra. Observadas os propósitos do Arsenal, foram verificadas que se empregava varias técnicas administrativas que ainda são usadas atualmente. Essas técnicas incluíam uma linha de montagem, treinamento de pessoal e sistema de recompensa, padronização, controle contábil, controle de estoques, controle de custos e controle de armazéns.
O Arsenal de Veneza exemplifica o desenvolvimento de princípios administrativos sofisticados logo no inicio do século XV. A organização moderna entretanto, começou a surgir com a Revolução Industrial.A administração medieval
O arsenal de Veneza
A cidade de Veneza no século XV possuía uma grande frota mercante privada. Observando isso e para sua própria defesa, resolveram abrir seu próprio estaleiro, denominado de Arsenal em 1436. Com o passar dos tempos o Arsenal de Veneza chegou a ser a maior instalação industrial do mundo, empregando quase dois mil trabalhadores em um imenso território de água e terra. Observadas os propósitos do Arsenal, foram verificadas que se empregava varias técnicas administrativas que ainda são usadas atualmente. Essas técnicas incluíam uma linha de montagem, treinamento de pessoal e sistema de recompensa, padronização, controle contábil, controle de estoques, controle de custos e controle de armazéns.
O sistema Feudal
http://feudalismo.wordpress.com/2009/11/03/imagens-representativas-de-feudos/
No sistema feudal o rei possuía toda a terra, dividindo partes dela para os nobres em troca de apoio militar e financeiro. Os senhores feudais permitiam que pessoas de classes inferiores vivessem e trabalhassem em algumas áreas das terras em troca de uma parte da colheita ou impostos. Não havia nenhuma possibilidade que um servo mudasse de classe social.
Essa total ausência de mobilidade social ascendente inspirava pouca motivação individual e um falta de interesse de todos os participantes para fazer a organização funcionar.
O surgimento do sistema fabril
O surgimento do sistema fabril
Devido ao crescimento das cidades na idade media surgia a oportunidade para o desenvolvimento de ofícios e artesãos. Observando isso, a medida que os negócios cresciam, alguns artesãos começaram a contratar ajudantes e logo se desenvolveu uma organização estruturada.
Organização dos Ofícios
Os mestres organizaram varias associações de mutualidade em torno de diferentes habilidades, como por exemplo, a hierarquia do mestre, do aprendiz, e do jornaleiro e assim também regulando as horas de trabalho, salários, preços, aprendizes e território de vendas.
Organização dos Ofícios
Os mestres organizaram varias associações de mutualidade em torno de diferentes habilidades, como por exemplo, a hierarquia do mestre, do aprendiz, e do jornaleiro e assim também regulando as horas de trabalho, salários, preços, aprendizes e território de vendas.
Declínio dos Guildas
Devido a três fatores os guildas sofreram declínio:
Devido a três fatores os guildas sofreram declínio:
1º - O comercio e transportes crescentes começaram a fugir de controle.
2º - O inicio do uso da energia e a crescente necessidade de maquinaria mecanizada.
3º - As novas maquinas criaram novos empregos e novas divisões de trabalho.O Sistema da Indústria Caseira
A Forma transicional de manufatura entre o artesanato e os sistemas fabris foi o sistema da industria caseira. O sistema da industria caseira era caracterizado pela entrega da matéria prima nas casas ou cabanas de trabalhadores , onde os membros da família usavam ferramentas manuais para modelar os materiais nos produtos intermediários ou finais.
O Sistema Fabril
http://admsrcj.blogspot.com/2011/04/sistema-fabril.html
Reconhecendo as vantagens da produção centralizada em prédios especializados, onde os trabalhadores e os materiais podiam ser mais facilmente controlados do que espalhados em muitas casas, os mercadores não hesitaram em investir em fabricas e equipamentos.

A tecnologia tem evoluído e avançado por milhares de anos, mas surgiu uma revolução na Inglaterra no final do século XVIII que marcou o inicio de um avanço tecnológico. Sua essência foi a substituição do trabalho humano pelo trabalho da maquina e que geraram mudanças marcantes na vida diária.
Com o surgimento do motor a vapor, e aperfeiçoado para o seu uso na indústria pelo inglês James Watt, este invento trouxe a verdadeira revolução industrial.Com a energia do motor a vapor, foram notadas que os benefícios para a indústria foram imensos, a começar pela redução de custos de produção que as indústrias obtiveram e pela interferência dos preços para a expansão no mercado.
O mercado em expansão clamava por trabalhadores. A mão de obra foi divida e cada trabalhador era encarregado de uma tarefa na indústria.
Embora a revolução industrial fosse importante, era visível o total despreparo dos trabalhadores na época e seu analfabetismo. Para lidar com o maquinário era necessário saber entender e interpretar o que se propunha para a industria.
Apesar dos aspectos da administração de muitos anos atrás, nenhum único evento teve um impacto maior no estudo e na pratica da administração do que a revolução industrial.
Pioneiros dos estudos da administração
Adam Smith (1723-1790)
Adam Smith (1723-1790)
Adam Smith, economista clássico, nascido na Escócia, mostrou grande conhecimento sobre a evolução das funções administrativas. Sua principal obra foi “A riqueza das Nações”. Ele pregava que, uma pessoa estar verdadeiramente controlada deve prestar contas de seu desempenho a alguém.
Robert Owen (1771-1858)
Robert Owen, nascido no País de Gales, foi um dos primeiros a chamar a atenção sobre os problemas humanos na industrialização. Desenvolveu um mecanismo de cores associadas às maquinas e seus operadores, buscando motivar os lentos à melhora e os bons manterem seus desempenhos.
Charles Babbage (1792-1871)
Charles Babbage, nascido em Devonshire na Inglaterra. Foi fundador da pesquisa operacional e da ciência da administração. Ele criou a primeira calculadora mecânica e pratica do mundo em 1822 e em 1833 começou com a idéia do computador. Pregou pelo reconhecimento dos interesses mútuos entre patrões e trabalhadores, propondo a participação do trabalhador nos lucros das fabricas.
Daniel McCallum (1815-1878)
Daniel Craig McCallum nasceu na Escócia, mudou para os Estados Unidos em 1822, onde se tornou superintendente geral da ferrovia Erie.Ele buscou um esquema de organização para melhorar o desempenho. Tinha como requisitos para uma boa administração: disciplina, descrições especificas e detalhadas do emprego, relatórios de desempenho, salário, promoções baseadas em mérito, hierarquia, unidade de comando e organização como um todo. Desenvolveu a administração da informação, usando o telegrafo para fazer suas operações de maneira segura.
Henry V. Poor (1812-1905)
Henry Varnum Poor (1812-1905) defendia a figura de uma administração com estrutura organizacional bem elaborada em que todos fossem responsabilizáveis. Foi um dos maiores contribuintes do pensamento administrativo. Reconheceu o perigo das pessoas se sentirem apenas como engrenagem no sistema e para isso criou uma espécie de lidera.
SILVA, Reinaldo Oliveira da. A Evolução do Pensamento Administrativo. In: SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. Cap. 3, p. 85-107.
O Capítulo trata da importância da Administração e sua evolução. A importância da Administração ficou provada nas antigas civilizações, como a Suméria, Egito, Babilônia, China, Grécia, Roma e os povos Hebreus. Nestes povos ao analisar seus documentos de milhares de anos antes de Cristo, foram vistos relatos de práticas administrativas importantes para o desenvolvimento e comando de seus povos. As civilizações antigas já sabiam o quanto era importante saber o valor de comandar, controlar, coletar impostos, organizar, pagar salários, responsabilizar, contabilizar, planejar, conhecimento, enfim, tudo que se possa utilizar para administrar uma civilização.
Sobre a igreja Católica, que é a organização formal mais velha do mundo. Vemos que a administração medieval, (ou organização militar) usou um sistema administrativo, que é usado até hoje por fábricas, como por exemplo, ter linha de montagem, recursos humanos, padronização, controle contábil, controle de estoques e custos, e o armazenamento. Tendo também em destaque a revolução Industrial, que surgiu na Inglaterra com a invenção do motor a vapor e o quanto foi importante para o desenvolvimento de produção, substituindo o ser humano pela maquina em muitas das vezes.
Enfim o capítulo fala sobre vários estudiosos da Teoria Administrativa como: Adam Smith, Robert Owen, Charlie Babbage, McCallum e Henry Poor.
Todos estes com varias contribuições com seus estudos e teorias sobre a Administração, assim ajudando o administrador moderno a saber lidar com diversas situações e também mostrando técnicas gerenciais.
Altieres Rodrigues
08/10/2011
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